De uma palestra por ocasião do Jubileu dos Jovens: “A alegria”
Roma, 12 de abril de 1984
[Os primeiros cristãos] Tinham presente a carta de são Paulo em que ele ensinava o que se deve fazer para amar, ou melhor, onde contava a sua experiência: “Para os fracos, me fiz fraco […]. Para todos eu me fiz tudo […]” (1Cor 9,22).
Por isso, “faziam-se um” com todos os próximos que encontravam, partilhavam as suas vicissitudes, participavam das suas dores, das suas alegrias, tomavam para si os sentimentos deles. Viviam para os outros, viviam em função dos outros; poder-se-ia dizer que o lema deles era este: viver o outro, viver os outros, e não mais viver si mesmo. […]
Estavam mortos para si mesmos, porque vivos para o amor.
Eram inteiramente amor e estavam diante de Deus, que é Amor, como pequenos sóis diante do Sol, estavam diante da Infinita Felicidade como felicidade, como alegria.
E amavam assim amigos e inimigos.
E amavam-se entre si.
Na realidade, o que os diferenciava dos outros homens? Será que eram os grandes feitos, as obras gigantescas, os estudos profundos, a eloquência rebuscada? Será que eram os milagres, quem sabe, os êxtases, que também não faltavam? Não, não, não! O que os distinguia era o amor mútuo.
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