29 setembro 2021

Sem limites

Amemos o irmão. Os irmãos são a nossa grande oportunidade. Não percamos nenhuma, ao longo de todo o dia.

Amemos aqueles a quem costumamos dirigir nosso cuidado pelo fato de os vermos fisicamente ao nosso lado.

Amemos aqueles que talvez não estejam à nossa vista. Por exemplo, aqueles de quem falamos ou se fala, aqueles de quem nos lembramos ou por quem rezamos, aqueles de quem temos alguma notícia no jornal ou na televisão, aqueles que nos escrevem ou a quem escrevemos, aqueles a quem se destina o trabalho que nos ocupa dia após dia…

Amemos os vivos e aqueles que já não estão mais na terra.

#CHIARALUBICH 

27 setembro 2021

Um por vez

Precisamos dilatar o coração segundo a medida do Coração de Jesus. Quanta labuta! Mas é a única necessária. Isso feito, tudo feito.

Trata-se de amar a cada um que de nós se achega, como Deus o ama. E, dado que estamos no tempo, amemos ao próximo um por vez, sem guardar no coração resquícios de afeto pelo irmão encontrado um minuto antes. Afinal, é o mesmo Jesus que amamos em todos.

Mas, se o resquício fica é porque amamos o irmão de antes por nós mesmos ou por ele… não por Jesus.

E aí está o problema.

Nossa obra mais importante é manter a castidade de Deus, ou seja, manter no coração o amor, como Jesus ama. Portanto, para ser puro, não é preciso tolher o coração e nele reprimir o amor. É preciso dilatá-lo segundo a medida do Coração de Jesus e amar a todos.

Como basta uma hóstia santa entre os bilhões de hóstias na Terra para nos alimentarmos de Deus, basta um irmão — aquele que a vontade de Deus nos põe ao lado — para comungarmos com a humanidade, que é Jesus místico.

E comungar com o irmão é o segundo mandamento, aquele que vem imediatamente após o amor a Deus e como expressão dele.


#CHIARALUBICH 

25 setembro 2021

A “descoberta”

Durante a Segunda Guerra Mundial, quando, com minhas companheiras, descíamos para os abrigos antiaéreos, líamos o Evangelho. Dizia ele: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 19,19). E nos perguntávamos: “O próximo… onde está o próximo?”

Estava ali, ao nosso lado. Estava naquela velhinha que toda vez chegava ao abrigo a duras penas, arrastando-se. Era necessário amá-la como a nós mesmas, portanto, ajudá-la toda vez, amparando-a.

O próximo estava ali naquelas cinco crianças amedrontadas, ao lado de sua mãe. Era preciso tomá-las nos braços e acompanhá-las de volta para casa.

O próximo estava ali naquele doente preso em casa, sem possibilidade de se proteger, precisando de cuidados. Era necessário visitá-lo, buscar remédios para ele, dar-lhe assistência.


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23 setembro 2021

Quem é o próximo?

Amar a todos. E, para chegar a isso, amar o próximo.

 Mas, quem é o próximo? Já sabemos. Não devemos procurá-lo longe: o próximo é o irmão que passa ao nosso lado, no momento presente da vida.

Para ser cristão, é necessário amar esse próximo agora. Portanto, não um amor platônico, não um amor ideal, mas um amor operoso.

É preciso amar, não de maneira abstrata e futura, mas de modo concreto e presente, agora.

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21 setembro 2021

Fora os julgamentos!

Na qualidade de cristãos, somos chamados a contribuir para o “ut omnes”1. Então, antes de mais nada, reavivemos a nossa fé em que cada homem é chamado à unidade, porque Deus ama a todos.

E não arranjemos desculpas como: “aquele lá nunca vai entender”; “aquele outro é pequeno demais para compreender”; “aquele ali é parente meu e o conheço bem, é apegado às coisas da terra”; “este aqui acredita no espiritismo”; “aquele acolá é de uma outra religião”; “este é velho demais para mudar”…

Não! Fora todos esses julgamentos! Deus ama a todos e por todos espera.

#CHIARALUBICH 

19 setembro 2021

Todos candidatos à unidade

A fraternidade universal liberta-nos de todas as escravidões, porque somos escravos das divisões entre pobres e ricos, entre gerações — pais e filhos —, entre brancos e negros, entre raças, entre nacionalidades. Somos escravos, criticamo-nos, erguemos obstáculos entre nós, criamos barreiras.

Não! É necessário desvincularmo-nos de todas as escravidões e vermos em todos os homens, em todos os homens mesmo, possíveis candidatos à unidade com Deus e à unidade entre si.

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17 setembro 2021

Abrir o coração de par em par

É preciso abrir o coração de par em par, transpor todos os obstáculos e abraçar a fraternidade universal: eu vivo pela fraternidade universal!

Se somos todos irmãos, devemos amar a todos. Devemos amar a todos. Parece uma coisinha de nada… Mas é uma revolução!


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15 setembro 2021

Fraternidade universal

Acima de todas as coisas, a alma deve sempre dirigir o olhar para o único Pai de tantos filhos. Depois, ver todas as criaturas como filhas do único Pai.

Com o pensamento e com o afeto do coração, ultrapassar sempre todos os limites interpostos pela vida simplesmente humana e tender, constantemente e por hábito adquirido, à fraternidade universal num único Pai: Deus.

Jesus, nosso modelo, ensinou-nos apenas duas coisas que são uma só: sermos filhos de um único Pai e sermos irmãos uns dos outros.

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13 setembro 2021

Amor divino e amor humano

O amor sobrenatural, sendo participação do mesmo amor que está em Deus, que é Deus, difere do amor humano de maneiras infinitas, mas é principalmente diferente porque o amor humano faz distinções, é parcial, ama determinados irmãos como, por exemplo, os irmãos de sangue, ou os que são cultos, ricos, bonitos, respeitados, sadios, jovens…; ou os que são de determinada raça ou classe social, mas não ama — ao menos não desse modo — os outros.

O amor divino, ao contrário, ama a todos, é universal


#CHIARALUBICH 

11 setembro 2021

A primeira qualidade do amor

A primeira qualidade do amor cristão é amar a todos.

Essa arte de amar pretende que amemos a todos, sem distinção, como Deus ama. Não  há que escolher entre simpático ou antipático, idoso ou jovem, compatriota ou estrangeiro, branco ou negro ou amarelo, europeu ou americano, africano ou asiático, cristão ou judeu, muçulmano ou hinduísta…

Valendo-nos de uma linguagem bastante conhecida hoje, podemos dizer que o amor não conhece “nenhuma forma de discriminação”.


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09 setembro 2021

AMAR A TODOS

“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos Céus, porque ele faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos.”

(Mt 5,44-45)


07 setembro 2021

Exigências do amor verdadeiro

A caridade é uma virtude importantíssima, é tudo. Portanto, convém, desde já, empenharmo-nos em vivê-la um pouco melhor. Para tanto, é preciso saber quais as coisas que a fazem especial.

Diz um pensador: “Amar é bom; saber amar é tudo”2. Sim, saber amar, porque o amor cristão é uma arte, e é preciso conhecer essa arte.

Um grande psicólogo de nosso tempo disse: “Muito raramente, a nossa civilização procura aprender a arte de amar e, apesar da busca desesperada de amor, todo o resto é considerado mais importante: sucesso, prestígio, dinheiro, poder. Gastamos quase toda a nossa energia para alcançar esses objetivos e não reservamos nenhuma para conhecer a arte de amar”3.

A verdadeira arte de amar emerge por inteiro do Evangelho de Crist o. Colocá-la em prática é o primeiro e imprescindível passo a ser dado para que se desencadeie a revolução pacífica, mas tão incisiva e radical, que muda tudo. Ela atinge não apenas o campo espiritual, mas também o humano, renovando cada sua expressão: cultural, filosófica, política, econômica, educativa, científica etc. É esse o segredo da revolução que possibilitou aos primeiros cristãos invadirem o mundo então conhecido.

Arte que exige empenho, arte com fortes exigências…

 É uma arte que pretende que se vá além do horizonte restrito do amor simplesmente natural, muitas vezes dirigido quase unicamente à família e aos amigos. Aqui, o amor deve ser orientado a todos, ao simpático e ao antipático, ao bonito e ao feio, ao conterrâneo e ao estrangeiro, de minha religião ou de outra, de minha cultura ou de outra, amigo, ou adversário, ou inimigo que seja. É preciso amar a todos como o Pai celeste que manda Sol e chuva sobre bons e maus.

É um amor que estimula a amar primeiro, sempre, sem esperar ser amado. Como fez Jesus Cristo, o qual deu a vida por nós, quando ainda éramos “maus” e, portanto, não amávamos.

É um amor que considera o outro como a si mesmo, que vê a si mesmo no outro. Dizia Gandhi: “Tu e eu somos uma só coisa. Não te posso fazer mal, sem me ferir”4.

Esse amor não é feito apenas de palavras ou de sentimento, é amor concreto. Exige que nos “façamos um” com os outros, que “vivamos”, de certo modo, o outro em seus sofrimentos, em suas alegrias, em suas necessidades, para entendê-lo e poder ajudá-lo com eficácia.

Essa arte pretende que amemos Jesus na pessoa amada. De fato, embora esse amor seja dirigido a determinado homem, a uma mulher em especial, Cristo considera como feito a si tudo o que a eles se fez de bom e de ruim. Ele disse e repetiu, falando da cena grandiosa do juízo final: “Foi a mim que o fizestes… Foi a mim que o fizestes” (cf. Mt 25,40).

Vivida por muitas pessoas, essa arte de amar leva ao amor mútuo: na família, no trabalho, nos grupos e no campo social. Amor recíproco, pérola do Evangelho, Mandamento Novo de Cristo, que constrói a unidade.

São essas as características do amor verdadeiro. São as exigências que o tornam especial e que inferimos do Evangelho.

#CHIARALUBICH 

1 SANTO AGOSTINHO. Commento alla prima epistola de san Giovanni, 5, 7. Nuova Biblioteca Agostiniana, XXIV/2. 3. ed. Roma : Città Nuova, 2004, p. 1.735.

2 CHATEAUBRIAND, F.-R. In: Aforismi e citazioni cristiane. Casale Monferrato : Piemme, 1994, p. 17.

3 Fromm, E. A arte de amar. São Paulo : Martins Fontes, 2000, p. 18.

4 Apud MÜHS, W. Palavras do coração. 3. ed. São Paulo : Cidade Nova, 2006, p. 121

05 setembro 2021

Vem do Céu

Sabemos que o Evangelho nos pede muitas coisas, mas sabemos que existe também um mandamento que, de certo modo, resume todas elas.

Nele, diz Jesus, está “toda a lei e os profetas”.

É o amor, o amor sobrenatural, que o Espírito Santo depositou em nosso coração.


#ChiaraLubich 

03 setembro 2021

A caridade

Amar. Deus convoca todos os cristãos a amar. É porque, no cristianismo, o amor é tudo.

Santo Agostinho, mestre da caridade, diz em tom muito forte:

“Só o amor diferencia os filhos de Deus…

Se todos fizessem o sinal da cruz (que é um ato religioso), se todos dissessem amém e cantassem o aleluia (ou seja, se praticassem as liturgias, que são muito importantes, mas só fizessem isso…); se todos recebessem o batismo e entrassem nas igrejas, se mandassem erguer as paredes das basílicas, permaneceria o fato de que só a caridade distingue os filhos de Deus…

Quem possui a caridade nasceu de Deus, quem não a possui não nasceu de Deus. Eis o grande critério de discernimento.

Se tu tivesses tudo, mas te faltasse essa única coisa, de nada serviria o que tens. Se não tens outras coisas, mas possuis essa, cumpriste a lei…”

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01 setembro 2021

A VOZ DE DEUS

Queres aprender a amar? A amar a Deus, a amar os irmãos por Ele?

Não esperes um minuto, não penses demais, não te detenhas querendo amar, mas ama logo no momento presente. Amar quer dizer fazer logo, agora, já, neste minuto, a vontade de Deus, não a tua.

A vida não é feita senão de momentos presentes e, para quem quer realizar alguma coisa, são eles que têm valor.

O que conta é o presente, o momento que escapa, que para mim, para ti, para nós, deve-se apanhar no ar e viver bem, até o fim, fazendo nele o que Deus quer de nós: estudar, caminhar, dormir, comer, sofrer, vibrar, brincar…

Aprende a ouvir no âmago de tua alma a voz de Deus, a voz da consciência: ela te dirá o que Deus quer de ti em cada instante.

Implicas com o teu próximo? “Cuidado”, diz a tua consciência, “deves amar a todos, até os inimigos…”

Sentes vontade de pular na hora de estudar? “Cuidado”, diz a tua consciência, “brincarás com maior alegria depois, se fizeres o teu dever agora com perfeição”. E assim por diante…

Vivamos bem o que Deus quer no momento presente. E, como um ponto ao lado de outro ponto compõe a reta, momento ao lado de momento compõe a vida.


#chiaralubich 

30 agosto 2021

O QUE IMPORTA? AMAR-TE IMPORTA!

O tempo é um lampejo e, em nossas mãos, só existe o instante efêmero. Ancorai-o em Deus e, ao passar, realizai apenas obras para o céu!

Amai-o!

Escutai o que Ele quer de vós em cada momento de vossa vida.

Fazei isso com todo o ímpeto de vosso coração…

Enamorai-vos de Deus, porque enamorar-se de Deus significa enamorar-se de sua vontade.

Se, no momento presente, toda a nossa vida for um sim à vontade de Deus repetido com igual intensidade, veremos realizado de fato aquilo que tanto pedimos e por que tanto ansiamos: ser Jesus.

Voltei de Trento *1), onde aquelas ruas, aquelas casas, aquele céu lembravam o grito do nosso coração de primeiras Gen *2: “O que importa? Amar-te importa!”

Pois é, nada tem valor: nem sofrer, nem se alegrar, nem trabalhar, nem conquistar o mundo. Só vale o Amor que, por Jesus, colocamos no momento presente da vida, vivida com seriedade.

#chiaralubich 


1 Cidade do Norte da Itália onde surgiu o Movimento dos Focolares. [N.d.E.]

2 Gen (Geração Nova): nome com o qual são chamados os jovens do Movimento dos Focolares. [N.d.E.]

 

28 agosto 2021

SABEDORIA CRISTÃ

Qual o critério para viver bem a vontade de Deus?

A vontade de Deus deve ser vivida no momento presente da vida. É no presente que devemos permanecer no raio de sol daquela vontade, diferente para cada um.

No começo, durante os primeiros meses e os primeiros anos, será fácil sair do raio e voltar para a escuridão de nossa vontade. Mas não é o caso de se espantar.

Sábio é não perder mais tempo no desânimo e na contemplação das próprias fraquezas, e voltar sempre, logo, para o raio de sol. Esta é uma ascese, e requer treinamento.

A vontade de Deus será sempre variada. Às vezes será expressa pelos deveres do próprio estado; outras, pelas circunstâncias alegres, indiferentes ou dolorosas em nossa vida ou na vida dos irmãos; outras ainda, por um mandamento ou conselho evangélico; outras, pelos ensinamentos da Igreja; outras, pelas coisas humildes que devemos fazer todo dia para nos sustentar, nos vestir, manter bem a casa ou o escritório, e assim por diante. Outras vezes será sustentar, nos vestir, manter bem a casa ou o escritório, e assim por diante. Outras vezes será expressa ainda pelas inspirações.

Esforçando-nos para viver sempre a vontade de Deus no presente, a voz de Deus, que todo coração abriga, far-se-á sentir sempre mais forte e será mais fácil detectá-la e saber, portanto, o que devemos fazer.

E se não conseguirmos ver claramente o que fazer?

Se, em algum momento, ficarmos em dúvida entre duas ações indiferentes (as ruins Deus não as quer nunca) quanto à vontade de Deus para nós, devemos escolher uma sem vacilar, dizendo ao Senhor no coração: se estou errado, repõe-me no caminho certo. E Ele, que é amor, o fará.

Assim, caminhamos durante anos, por tantos anos, meses, ou dias que Deus nos conceder, amparados pela graça santificante e pela graça atual que ajuda justamente as ações do momento presente.

Cristo viverá em cada um de nós por períodos cada vez mais longos, até cobrir nosso dia inteiro com a sua vida. Então, poderemos chegar a dizer: já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim. Esta é a santidade.

Quantas vezes muitos aspiram a tornar-se santos, mas não sabem como acertar a estrada.

Eis um caminho para a santidade bom para todos.

A vontade de Deus no presente.


#chiaralubich 

26 agosto 2021

EM VISTA DO ENCONTRO FINAL

Como fazer para que, no meu encontro final com Deus, eu seja aquele que Ele imaginou?

O melhor modo seria entranhar-se no momento presente, viver intensamente o presente com aquela seriedade que significa fazer as coisas sem pressa, com perfeição. Fazer tudo por Jesus, e dizer-lhe “Por ti”, oferecendo-lhe sempre aquele gesto, aquela dor, aquela alegria de viver bem, momento por momento. Na minha opinião, esta seria a receita de preparação para o encontro final com Ele.


#chiaralubich 

24 agosto 2021

PARA ALCANÇAR A UNIÃO COM DEUS

Sofro, porque acho que jamais alcançarei a união com Deus.

Para chegar à união com Deus, “sentida”, ao menos com os sentidos da alma, é preciso aprender a fazer bem a divina vontade no momento presente.

Se somos generosos com Deus, a sua luz entra aos poucos em nossa mente, o seu amor penetra em nosso coração, e nós conseguimos “sentir” a sua suave, pacífica e plena presença, a ponto de percebê-la quase que constantemente em nós.

Você deve se esforçar muito nesse sentido: ser sempre a vontade de Deus viva, no momento presente.


#ChiaraLubich 

22 agosto 2021

VIVER PARA A IGREJA

Como podemos viver para a Igreja, nós que todo dia temos nossos pequenos problemas para resolver?

Vivemos para a Igreja fazendo a vontade de Deus onde Ele nos põe.

Também Nossa Senhora fazia a vontade de Deus nos afazeres diários, a serviço de Jesus e, portanto, da Igreja que nasceria.

Mergulhados na vontade de Deus, momento por momento, estamos imersos em Deus. E, para quem está em Deus, na caridade, cada trabalho, cada gesto é grande, de horizontes amplos. Tudo é grande para quem está no amor. Tudo é pequeno para quem está fora do amor.


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20 agosto 2021

CONTEMPLANDO MARIA

Vemos em Maria, a Mãe de Jesus, um modelo de obediência. Como imitá-la no fazer a vontade de Deus?

A obediência consiste principalmente em deixar que Ele aja, em aceitar momento por momento o que vem da sua vontade. Portanto, não traçar um programa para nós, mas abandonar-nos completamente a Ele para realizar o seu plano de amor sobre cada um de nós.

Nossa Senhora abandonou-se à aventura divina e, graças ao seu sim, Deus veio ao mundo e para nós abriu-se o Paraíso.

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18 agosto 2021

CONSTRUIR PARA A OUTRA VIDA

Por causa do cansaço, às vezes não vemos a hora de determinada coisa acabar. Mas, se nos lembramos de que é preciso viver o momento presente, chegamos ao fim totalmente aliviados. Porque, se nos concentramos no momento presente, somos como que transportados. E construímos, a cada momento, para a outra vida.


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16 agosto 2021

EXERCÍCIO MARAVILHOSO

Paremos um momento, observemos como o tempo caminha. Coloquemo-nos firmemente no presente e realizemos a vontade de Deus, perdendo decididamente a nossa, sacrificando tudo o que temos no coração ou na mente, mas que não diz respeito ao presente. Poderá ser uma recordação muito viva, uma idéia, um desejo, um sentimento, mesmo profundo, um objeto ou uma pessoa. Esforcemo-nos de coração, mente e forças, para fazer somente a vontade de Deus. Assim realmente amaremos a Deus com todo o coração, com toda a mente, com todas as forças: Deus, o nosso Ideal!

É um exercício maravilhoso: é morrer a cada instante, para renascer sempre. É a principal penitência que o Céu nos pede hoje.

#ChiaraLubich

14 agosto 2021

COMO NUM BALANÇO

É preciso “render-se” à vontade de Deus. Porque, se a ela nos rendemos, sem resistência, a graça atual que temos para viver o momento presente funciona. E funciona sob a forma de inspiração, de estímulo para a vontade; ilumina-a e enche-a de entusiasmo. Vi que realmente é necessário “render-se”, no sentido de que é preciso soltar o último fio de nossa vontade e abandonar-se completamente, como acontece num balanço, quando alguém é largado de um lado e vai todo para o outro.


#ChiaraLubich

12 agosto 2021

SABER PERDER

Fazer a vontade de Deus, somente a sua vontade e nada mais. Isto significa realizar de maneira bem feita e por completo, a cada momento, aquela ação que nos é solicitada pela vontade de Deus.

Estar completamente presente naquela obra, eliminando todo o resto, “perdendo” pensamentos, anseios, recordações, ações que dizem respeito a outras coisas. Falar, telefonar, ouvir, ajudar, estudar, rezar, comer, dormir, sem nos preocupar com as demais coisas; realizar ações completas, límpidas, com todo o coração, mente e forças: este é o modo de amar a Deus.

10 agosto 2021

SER “AMOR” NO PRESENTE

Nas diversas espiritualidades que embelezaram a Igreja ao longo dos séculos, muitos foram os modos que o Espírito Santo sugeriu para ensinar os cristãos a se anularem: há os que fazem um esforço constante para se renegarem a si mesmos, para fazerem mortificações até grandes; há os que tendem ao chamado “nada”, nada de todos os apetites (isto é, os desejos) etc.

Nós, embora tendo presente o dever da renúncia, devemos seguir um caminho próprio: encontrar o nada de nós pensando em Deus, em sua vontade, e no próximo, vivendo em nós suas ansiedades, seus sofrimentos, seus problemas, suas alegrias.

Amando, sim.

Se somos sempre “amor”, no presente, nós, sem nos apercebermos, somos nada para nós mesmos.

Porque vivemos o nosso nada, afirmamos com a vida a superioridade de Deus, o ser Tudo de Deus.

Ao mesmo tempo, porém, como nada somos no presente por sermos amor, Deus nos faz logo seus partícipes e, então, somos “nada” para nós mesmos e “tudo” por causa Dele.

Portanto, fazemos sempre nossa a vontade de Deus: a que conhecemos e programamos, e a imprevista, que se manifesta dia após dia, hora após hora.

Agindo assim, não será apenas a nossa oração que lhe dirá: “Tu és tudo, eu sou nada”, mas será a nossa própria vida que o proclamará.


#chiaralubich

08 agosto 2021

SEM PENSAR EM SI

Fazer de cada obstáculo um trampolim; não “suportar” a cruz, não importa que faceta tenha, mas aguardá-la e abraçá-la, minuto por minuto, como fazem os santos.

Quando ela chega, dizer: “Era esta, Senhor, a que eu queria!”

E, tendo dito sim ao Senhor, a alma deve viver plenamente o momento que segue, não pensando em si, em seu sofrer, mas no dos outros; ou nas alegrias dos outros, das quais deve partilhar; ou nos fardos dos outros, que deve ajudar a carregar; ou no cumprimento dos seus deveres, aos quais — por vontade de Deus, para que sejam elevados a contínua oração — deve ser dirigida a atenção de toda a mente, o afeto de todo o coração, todo o vigor da própria força.

É este o pequeno segredo com que se constrói, pedra sobre pedra, a cidade de Deus em nós e entre nós. E insere-nos, ainda na terra, na vontade divina que é Deus, eterno presente.



#chiaralubich

06 agosto 2021

PARA QUE ELE RESSUSCITE EM NÓS

Assim é a perfeição cristã: renúncia e cruz. São palavras duras, mas sabemos que a Santa Viagem requer empenho. Aliás, o cristianismo é isso: viver a morte de Jesus para que Ele ressuscite em nós, momento por momento. Portanto, podar o “homem velho”, para a árvore de nossa vida não permanecer uma touceira enorme e inútil, mas dar frutos saborosos. Não queiramos aguardar só o último instante para oferecer a Deus a nossa morte quando ela já for inevitável. O amor por Ele nos diz que morramos, com a sua ajuda, dia após dia, para ressuscitar dia após dia, momento por momento.


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04 agosto 2021

NO TREM DO TEMPO

Nos primeiros tempos do Movimento, podíamos morrer a qualquer momento, porque não estávamos bem protegidas contra os bombardeios. Então, ao nos perguntarmos: quando é que devemos amar a Deus fazendo a sua vontade?, logo entendemos: agora, já, porque não sabemos se haverá um depois.
O único tempo que nos pertencia era o momento presente. O passado já era passado; o futuro, não sabíamos se chegaria a existir. Dizíamos então: o passado não existe mais; coloquemo-lo na misericórdia de Deus. O futuro não existe ainda. Vivendo o presente, viveremos bem também o futuro, quando este se tornar presente.
Como é insensato — dizíamos — viver pensando no passado, que não retorna, ou no futuro, que talvez nunca venha a existir e que é imprevisível!
Citávamos o exemplo do trem. Assim como um viajante, para chegar ao seu destino, não fica caminhando para frente e para trás no trem, mas permanece sentado no seu lugar, da mesma forma nós devemos permanecer fixos no presente. O trem do tempo vai por si.
E, presente após presente, chegaríamos ao momento do qual depende a eternidade.
Amando a vontade de Deus no presente com todo o coração, toda a alma, todas as forças, poderíamos cumprir, por toda a nossa vida, o mandamento de amar a Deus com todo o coração, toda a alma, todas as forças.

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02 agosto 2021

COMO SE FOSSE A ÚLTIMA

Sim, Jesus,

faz que eu sempre fale

como se fosse a última

palavra que profiro.

Faz que eu sempre aja

como se fosse a última

ação que faço.

Faz que eu sempre sofra

como se fosse o último

sofrimento que tenho

pra te oferecer.

Faz que eu sempre reze

como se fosse a última

possibilidade,

que aqui na terra tenho,

de conversar contigo.


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