08 dezembro 2020

Pacto de misericórdia

Há uma experiência de vida no primeiro focolare que foi uma aplicação de “amar primeiro”.

Especialmente no início, nem sempre era fácil para um grupo de moças viver radicalmente o amor. Éramos pessoas como as outras, embora amparadas por um dom especial de Deus para começar o Movimento, e também entre nós, em nosso relacionamento, podia-se depositar um pouco de poeira, e a unidade podia esmorecer. Isso acontecia, por exemplo, quando percebíamos defeitos, imperfeições, nos outros e os julgávamos. Então, a corrente do amor mútuo esfriava.

Para reagir a essa situação, pensamos um dia estabelecer um pacto entre nós, e o chamamos de “pacto de misericórdia”.

Decidimos ver, cada manhã, o próximo que encontrávamos — no focolare, na escola, no trabalho etc. — como novo, novíssimo, sem nos lembrar de maneira alguma dos seus senões, dos seus defeitos, mas cobrindo tudo com o amor. Significava aproximarmo-nos de todos com essa anistia total em nosso coração, com esse perdão universal.

Era um compromisso forte, assumido por nós todas juntas, que ajudava cada uma a ser sempre a primeira a amar, à imitação de Deus misericordioso, que perdoa e esquece.

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