Há uma experiência de vida no primeiro focolare que foi uma aplicação de “amar primeiro”.
Especialmente no início, nem sempre era fácil para um grupo de moças viver radicalmente o amor. Éramos pessoas como as outras, embora amparadas por um dom especial de Deus para começar o Movimento, e também entre nós, em nosso relacionamento, podia-se depositar um pouco de poeira, e a unidade podia esmorecer. Isso acontecia, por exemplo, quando percebíamos defeitos, imperfeições, nos outros e os julgávamos. Então, a corrente do amor mútuo esfriava.
Para reagir a essa situação, pensamos um dia estabelecer um pacto entre nós, e o chamamos de “pacto de misericórdia”.
Decidimos ver, cada manhã, o próximo que encontrávamos — no focolare, na escola, no trabalho etc. — como novo, novíssimo, sem nos lembrar de maneira alguma dos seus senões, dos seus defeitos, mas cobrindo tudo com o amor. Significava aproximarmo-nos de todos com essa anistia total em nosso coração, com esse perdão universal.
Era um compromisso forte, assumido por nós todas juntas, que ajudava cada uma a ser sempre a primeira a amar, à imitação de Deus misericordioso, que perdoa e esquece.
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