23 agosto 2018

A vaidade

Percorrendo as ruas das nossas cidades, temos a impressão dolorosa de que a vaidade nelas caminha encarnada. Encarnada em algo que cobre as paredes e descobre as pessoas, numa imodéstia que asfixia e numa falta de estética que faz sofrer.

Então, como que atraídos pelo calor de um fogo num rigoroso inverno, nos refugiamos numa Igreja, onde a chama vermelha indica que Ele ali habita. 

E nos apercebemos de que, se na rua parecia que a vaidade tomava corpo, a real presença de Deus, evocando anjos e santos que com Ele já vivem, e nossos entes queridos que passaram para a outra vida, no abraço do Senhor, são as verdadeiras realidades na Realidade.

De modo que o mundo se tomou ainda uma vez escabelo para o Único que “é”, do mesmo modo como o inferno faz resplandecer o Paraíso.

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