Percorrendo
as ruas das nossas cidades, temos a impressão dolorosa de que a
vaidade nelas caminha encarnada. Encarnada em algo que cobre as
paredes e descobre as pessoas, numa imodéstia que asfixia e numa
falta de estética que faz sofrer.
Então,
como que atraídos pelo calor de um fogo num rigoroso inverno, nos
refugiamos numa Igreja, onde a chama vermelha indica que Ele ali
habita.
E nos
apercebemos de que, se na rua parecia que a vaidade tomava corpo, a
real presença de Deus, evocando anjos e santos que com Ele já
vivem, e nossos entes queridos que passaram para a outra vida, no
abraço do Senhor, são as verdadeiras realidades na Realidade.
De modo que
o mundo se tomou ainda uma vez escabelo para o Único que “é”,
do mesmo modo como o inferno faz resplandecer o Paraíso.
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