Estou acabando de escrever este livro: O grito.
E me pergunto: Consegui dizer tudo o que queria sobre Jesus Abandonado, mesmo em síntese?
Disse o que pude, com mil omissões, sem dúvida, mas falta o mais e o melhor: falta toda aquela riqueza de iluminações (parecem justamente iluminações) contida nas anotações feitas em 1949, objeto de estudo para a Escola Abbá e, penso, já uma sólida contribuição para a nova doutrina, que dela começa a nascer. Porque, como também afirma são Leão Magno, o grito de Jesus “é uma doutrina” (Sermo 16,7).
Diz um trecho daquelas anotações:
Jesus é Jesus Abandonado. Porque Jesus é o Salvador, o Redentor, e redime quando derrama o Divino sobre a humanidade, através da Ferida do Abandono, que é a pupila dos Olhos de Deus sobre o mundo: um Vazio Infinito através do qual Deus nos olha, a janela de Deus escancarada para o mundo e a janela da humanidade através da qual se vê Deus.
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