Tenho um só Esposo na terra: Jesus Abandonado.
Não tenho outro Deus além d’Ele.
N’Ele está todo o Paraíso com a Trindade e toda a terra com a Humanidade.
Por isso, o seu é meu e nada mais.
Sua é a dor universal e, portanto, minha.
Irei pelo mundo à sua procura em cada instante da minha vida.
O que me faz mal é meu.
Minha, a dor que me perpassa no presente.
Minha, a dor de quem está ao meu lado (ela é o meu Jesus).
Meu, tudo aquilo que não é paz, gáudio, belo, amável, sereno...
Numa palavra: aquilo que não é Paraíso.
Pois eu também tenho o meu Paraíso, mas ele esta no coração do meu Esposo.
Outros paraísos não conheço.
Assim será pelos anos que me restam: sedenta de dores, de angústias, de desesperos, de melancolias, de desapegos, de exílio, de abandonos, de dilacerações, de... tudo aquilo que é Ele, e Ele é o Pecado.
Assim, dessecarei a água da tribulação em muitos corações próximos e — pela comunhão com meu Esposo onipotente — distantes.
Passarei como fogo que devora tudo o que há de ruir e deixa em pé só a verdade.
Mas é preciso ser como Ele, ser Ele no momento presente da vida.
[1] 1Cor 2,2
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