28 fevereiro 2015

O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.

Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

25 fevereiro 2015

Consola-me

Tarde de trabalho e chuva.
Ruas escorregadias.
Carros parados.
Paciência esgotada.

Uma árvore caiu no meu caminho...
Perdi tempo e caridade.

São Paulo sem água nas torneiras
São Paulo com água nas calçadas.

Ilusão de uma metrópole.
Cidade que engole o homem...
Homem que engole sua cidade.

Paulista, Augusta e Consolação
Consola meu coração.

22 fevereiro 2015

Tudo o que você quiser

Tem dias que eu acordo pensando em você
Em fração de segundos vejo o mundo desabar
Aí que cai a ficha que eu não vou te ver
Será que esse vazio um dia vai me abandonar?

Tem gente que tem cheiro de rosa, de avelã
Tem o perfume doce de toda manhã
Você tem tudo, você tem muito

Muito mais que um dia eu sonhei pra mim
Tem a pureza de um anjo querubim
Eu trocaria tudo pra te ter aqui

Eu troco minha paz por um beijo seu
Eu troco meu destino pra viver o seu
Eu troco minha cama pra dormir na sua
Eu troco mil estrelas pra te dar a lua
E tudo que você quiser
E se você quiser te dou meu sobrenome

Tem gente que tem cheiro de rosa, de avelã
Tem o perfume doce de toda manhã
Você tem tudo, você tem muito

Muito mais que um dia eu sonhei pra mim
Tem a pureza de um anjo querubim
Eu trocaria tudo pra te ter aqui

Eu troco minha paz por um beijo seu
Eu troco meu destino pra viver o seu
Eu troco minha cama pra dormir na sua
Eu troco mil estrelas pra te dar a lua
E tudo que você quiser
E se você quiser, te dou meu sobrenome

Eu troco minha paz por um beijo seu
Eu troco meu destino pra viver o seu
Eu troco minha cama pra dormir na sua
Eu troco mil estrelas pra te dar a lua
E tudo que você quiser
E se você quiser te dou meu sobrenome.

Composição: Matheus Aleixo \ Felipe Oliver

Pablo Neruda V

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.

Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

19 fevereiro 2015

Amor contraditório

Amo esse país tão maltratado;
Amo esse povo lutador;
Amo a vida do Brasil,
Mesmo sendo tão esfolado.

Quando penso na realidade de tantos irmãos nas ruas, no sertão;
Quando penso na realidade de tantos irmãos drogados, jogados nas esquinas, largados ao destino

Chora minha alma de 'pena de amor'
Pois eu amo esse país tão maltratado.

Estamos em crise
Crise de identidade, cultural, política.
Estamos em crise
Crise de amor, respeito e dignidade.

Quando veremos um futuro melhor?

18 fevereiro 2015

TAPA NA CARA

Quero caminhar na estrada 
Que leva a cada dia mais perto de ti.
Andar pelos abismos que me aproximam
das gotas do seu amor.

Quero levar uma flor
Para enfeitar os seus cabelos e
entrelaçar os seus bulbos.
Caminhar sem destino na imensidão do seu olhar...

E se um tapa eu levar,
Atrevo-me a dizer:
Por ti valeu cada ímpeto de um passo sem rumo e
Um caminhar como um bêbado...

E se voltar a chover no deserto do pensamento,
A aridez será para sempre esquecida.

Mas valeu...
Sentir o peso de sua mão neste rosto
que sofre calado, com rugas de amargura.


(Vagner Cordeschi)