05 setembro 2018

A Unidade e Jesus Abandonado – Excertos


E a alegria, que constitui um dos dons de Deus à unidade, é uma riqueza de que talvez não nos apercebamos suficientemente. Como no corpo não se percebe tanto a saúde, mas se percebe mais o sofrimento e a doença assim acontece na vida sobrenatural com a alegria. Ela é inseparável da vida verdadeiramente cristã, trata-se de um dom extraordinário e muito cobiçado, ambicionadíssimo.
Pois bem, Deus revelou aos cristãos – e ainda em nossos dias, a nós focolarinos – onde se encontra a fonte de alegria, onde está a mina do tesouro.

                Por viver de unidade, o focolarino é feliz. Por ser portador de unidade, o focolarino proporciona alegria.

                Sempre temos afirmado que a alegria é o distintivo do focolarino; e o que o focolarino tem para doar ao mundo é a felicidade.

“... A felicidade, aquela felicidade que experimentamos na unidade, que nos doaste ao morrer na cruz, queremos dá-la a todas as criaturas que encontrarmos! Nós não podemos retê-la somente para nós, visto que muitos... tem fome e sede dessa paz completa, desse gáudio infinito!... Ajuda-nos a ‘escancarar’ o nosso coração... a abrir inteiramente o nosso eu, para que somente tu possas viver em nós!... Escolhemos a Ti pregado sobre a cruz, no máximo abandono, como nosso tudo, e Tu nos proporcionas, em troca, o paraíso aqui na terra! És Deus, Deus, Deus”.

                Devemos agradecer a Deus por esta alegria, embora não nos devamos apegar a ele, mas transformá-la em trampolim para levar a unidade ao mundo inteiro.

“Façam disso (do esforço de manter a unidade) – diz uma carta de 1948 – um sacrossanto dever, mesmo considerando que lhes proporciona imensa alegria!

Foi Jesus quem prometeu a plenitude da alegria para quem vive a unidade!...

Regozijem-se com a unidade de vocês, mas para a glória de Deus e não por vocês mesmos...

Façamos da unidade entre nós o trampolim para nos lançarmos... lá onde ela não existe, para ali realizá-la!

Ou melhor: como Jesus preferiu para si a cruz e não o Tabor de Glória prefiramos também nós estarmos junto a quem não se encontra em unidade, para sofrer com ele e assim ter a certeza de que o nosso amor é puro!”


A unidade consiste em “fazer-se um” com os irmãos.

                E quando os irmãos não estão presentes?

                Quando tivermos que trabalhar sozinhos, descansar, distrair-nos ou estudar? Já o sabemos: inteiramente mergulhados na vontade de Deus no momento presente – única vontade de Deus, mas diferente para cada um – todos nos tornamos “vontade de Deus”. E, de vez que “vontade de Deus” e “Deus” coincidem, vivamos o nosso “ser Deus por participação”: desta maneira seremos “um” com ele e entre nós.

Unidade: eu desejo aquilo que ele deseja...

Unidade: comunhão contínua e direta com Deus mediante nossa radical mortificação, no momento presente, de tudo o que não é Deus. Só quero a Deus...

 Devemos abraçar a Jesus Abandonado que, constitui chave da unidade e deve ser amado, portanto, sempre em função da unidade.

 viver a Palavra representou de certo modo uma novidade, quando iniciamos, mas o que caracterizou o nosso Movimento foi preferentemente o fato de se compartilharem as experiências que se faziam com base na Palavra, como uma maneira de nos evangelizarmos e de nos santificarmos juntos.

Portanto, também a Palavra está a serviço da unidade, porque a unidade constitui o ponto culminante do pensamento de Jesus, ela compendia e sintetiza todos os seus mandamentos.


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