Jesus
Abandonado nos iluminava, por exemplo, sobre o lugar que a dor ocupa na
economia divina. “Jesus converteu o mundo com a palavra, com o exemplo, com a
pregação, mas o transformou com a prova do amor: a cruz”
(1944).
Vislumbra-se
n’Ele, no seu imenso sofrimento, o seu amor manifesto; e essa visão inflamava o
nosso coração e nos levava, também, a valorizar o sofrimento pessoal como
expressão do nosso amor a Ele e a tornar-nos co-redentores, n’Ele e com Ele.
“Imagina...
Deus desceu à terra uma única vez e nessa vez se fez homem e deixou-se
crucificar! A mim este pensamento me dá grande força para aceitar com alegria
aquela pequena cruz que sempre nos acompanha”
(1944).
“Aquele
que conhece o amor e une as suas dores às de Jesus na cruz, diluindo a sua gota
de sangue no mar sangrento do divino sangue de Cristo, ocupa o lugar mais
honrado para um homem: ser como o Deus que veio a terra, redentor do mundo...”
(1944).
“Podes
ter a certeza de que vale mais um minuto da tua vida naquele leito branco se,
com alegria, aceitas o dom de Deus... do que toda a atividade dum pregador que
fala sem parar e pouco ama a Deus” (1944).
“Ele
me infundiu no coração uma grande paixão: a Ele, crucificado e abandonado!
Ele,
que do alto da cruz me diz: ‘...fiz desaparecer tudo o que era meu... tudo! Não
sou mais belo; não sou mais forte; aqui não tenho mais paz; aqui em cima, a
justiça morreu; a ciência já não conta mais; a verdade desaparece. Só permanece
o meu Amor, que quis derramar para ti as minhas riquezas de Deus...’.
Assim
me fala e me chama... para que o siga...
É
Ele a minha paixão!” (25.12.44).
“Diante
d’Ele toda dor me parece um nada e fico à espera da dor, seja ela pequena ou
grande, como sendo o maior dom de Deus, visto que é esta a prova do meu amor
por ele!” (7.6.44).
(A
unidade e Jesus Abandonado, 1994, pp. 65-6 7)
Nenhum comentário:
Postar um comentário