É Jesus Cristo quem revela o verdadeiro rosto de Deus (cf. MV 1), quem é para todos nós imagem do Pai, sua expressão, seu esplendor, sua beleza, beleza do seu amor (cf. Jo 14,8-9). Mas até que ponto chegou Jesus a nos amar? Até morrer por nós. De fato, a cruz é o modo mais profundo de a Divindade se debruçar sobre a humanidade (cf. DM 8). No cumprimento do mistério pascal, Jesus vence a dor, o pecado, a morte, e transforma tudo em misericórdia (cf. Rm 5,20) Deus se fez homem para amar – afirma Chiara Lubich – não só com o Amor, mas também com a Dor: assumiu sobre Si “todas as dores do mundo, todas as faltas de unidade do universo e as fez: Amor, Deus!” Ele, cobrindo-Se dos nossos pecados, traduz a dor em amor, traduz a miséria em Misericórdia”. Numa cartinha datada de 1945, Chiara confidencia: “Também eu caio com frequência e sempre. Mas quando levanto o olhar para Ele, e o vejo incapaz de vingar-se, porque está pregado na Cruz por um excesso de Amor, eu me deixo acariciar pela sua Infinita Misericórdia e sei que só ela deve triunfar em mim. Para que serviria ser Ele infinitamente misericordioso? Para quê? Se não fosse pelos nossos pecados?” E num impulso vital, que revela a sua escolha original e a sua consagração a Deus no seu abandono, Chiara exclama: “Quisera testemunhar ao mundo que Jesus Abandonado preencheu todo vazio, iluminou toda treva, acompanhou toda solidão, anulou toda dor, cancelou todo pecado”.
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