07 abril 2017

Do opúsculo - Opequeno manifesto inofensivo


      1949

      Víamos que “entrar” no irmão nutria o renascer do irmão.

      Somente a caridade conta. E assim, sentindo-nos pecado com o irmão pecador, erro com o irmão que incorre em erro, fome com o irmão faminto, excomunhão com o irmão excomungado, a Vida que existia em nós passava para ele e éramos por ele amados de volta. Ele via novamente a Luz porque sentia o amor e, na luz, via a esperança, que desterrava o desespero, via a caridade por nós e por todos. O Espírito de Jesus invadia um outro membro do seu Corpo Místico. […]

      Era um reviver a Vida de Jesus. Continuá-Lo. Como Ele “se fez um” conosco para nos levar ao Pai; se fez treva conosco, que éramos trevas, para nos dar a luz; pecado conosco, pecadores; dor conosco, adolorados; morte conosco, mortos, para nos dar a vida e nos fazer ressurgir com Ele, ressuscitado, assim era a nossa vida em contato com todo irmão que nos acompanhava. Transformarmo-nos nele, como Jesus, para transformá-lo em nós. Ou seja, para dar a ele aquela plenitude de alegria, que a vida de comunidade nos havia dado, no amor mútuo. Assim, um membro do Corpo Místico, porque unido ao Cristo (Ele estava entre nós como Cabeça), estando nós unidos, continuava a redenção – sofrendo em si as dores do irmão, como prosseguimento da paixão – no sentido de que era causa da plenitude da vida do irmão. […] Quantas conversões aconteceram amando assim como Ele havia amado.

#ChiaraLubich

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