San Martino [di Castrozza], 2 de agosto de 1950
Hoje foi um dia de vida unitiva em que Jesus realizou o meu desejo: o de que só Ele seja tudo para mim. Eu desejava tanto isso, e parecia-me distante o dia em que esse fato seria não um esforço de vontade, mas um fato de coração, uma paixão da alma.
Agora é assim e, sendo assim, tudo agora é fácil.
Só Jesus: eu e Ele; eu-Ele com Ele.
Vida Trinitária perfeita entre Céu e terra.
E eu o encontro em mim, no sacrário e nas outras pessoas com uma presença toda nova, toda aberta. Entre mim e Ele não existe mais nada que crie obstáculo. A esse ponto, é uma convivência perfeita, na qual vivo tudo sob o seu olhar, amo-o e sou amada, e na qual Ele me faz entender esse imenso amor. Por isso, encontrei o que dá paz perfeita ao meu coração, a caridade sem temor. Porque sou como serei na hora da morte e lá no Alto: Ele e eu, sem prestar contas a ninguém de nada, porque não há nada mais, e me comunico inteiramente com Ele em todos.[…]
Hoje, pela primeira vez, amei a bênção eucarística assim.
Sei quão doce é a bênção e que é expressão de amor sagrado e solene. Eu também abençoava os meus pequenos alunos quando descansavam e até hoje abençoo a quem amo.
Senti que ali é Jesus quem me abençoa e agora não perderei sequer uma bênção, que tem para mim quase o sabor da Comunhão.
Em San Martino, vi as Missionárias da Eucaristia. Mandei Graziella pedir a elas escritos sobre a Eucaristia. Só dispunham de um pobre boletim, que não li porque não era a esse respeito.
Mas Jesus agora tem o cuidado de me fazer sentir que Ele está ali dentro.
Chiara Lubich
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