(22 de fevereiro de 1969)
Permanecei em mim, como eu em vós (Jo 15,4). É o que acontece com a alma se ela permane-cer encravada na vontade de Deus no momento presente.
Deus não nos pede que corramos, mas que “permaneçamos”. E isto é divino, é estupendo, é um como que ser Deus: moto eterno e eterna quietude (se é possível usar tão pobres palavras em relação a Ele) porque é o Amor.
Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vós o tereis (Jo 15,7). Aqui está outro lucro enorme por permanecer em Jesus: receber.
Quantas vezes o coração está cheio de preocupações e sentimos pesar tudo sobre nossos pequenos ombros.
E então? Eis a solução, toda a solução: pedir e receber. Mas recebemos se permanecemos Nele no presente.
E recebemos tudo, infinitas coisas, enquanto nos dedicamos a uma só.
Diz ainda Jesus: Sem mim nada podeis fazer (Jo 15,5).
Isso é o que devemos cravar bem na mente: fora do momento presente, vã é nossa correria; ela é tudo o que são Paulo diz daquilo que podemos fazer inclusive de aparentemente bom e heróico, mas sem a caridade: é um címbalo que tine.
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