25 dezembro 2016

Um Natal perene

Dezembro de 1955  

Caríssimos, 

impelidos por diversas circunstâncias, tivemos a ideia de viver todo mês uma Palavra de Vida. Pareceu-nos que esta prática, que desejamos que seja o mais regular possível e gostaríamos que empenhasse seriamente a nossa vontade, é sugerida também pela próxima festividade que todos os cristãos aguardam com alegria: o Natal. Nesta festa tão importante, queremos confirmar a nossa fidelidade a Deus, oferecendo algo concreto. E nada nos parece mais do seu agrado do que lhe oferecer a nossa alma de modo totalitário, para que Ele imprima nela a Sua imagem e a Sua fisionomia, para que imprima nela a Sua vida. Jesus, como demonstra o Evangelho, tem um modo de raciocinar, de amar, de querer especificamente Seu, único, e tão superior ao nosso modo de viver, também nosso, como cristãos, que em todos os tempos Ele deixará que se extraia do Evangelho "algo" que servirá para a humanidade daquela época, e de século em século esse "algo" vai parecer tão novo e revolucionário que teremos a impressão de que antes quase foi ignorado. Queremos adotar este modo de viver de Jesus. E nada parece mais oportuno para atingir o objetivo do que, de vez em quando, enxaguar a nossa alma no Evangelho. A consequência é que cada vez mais vamos nos parecer com Jesus. E qual é o modo mais esplêndido e concreto para festejar o Natal do que fazê-lo renascer em nós, em benefício da humanidade? Será um Natal perene o ano todo e além. Estamos certos de que Deus vai ficar contente com o nosso esforço e ficamos felizes em pensar que em meio a tantas trevas, que obscurece o mundo, em meio a tanta confusão e alucinação, produzida por falsas ideologias que enganam os homens e ameaçam triturar inclusive porções do Corpo Místico, nada poderá ser mais eficaz do que levar a luz evangélica viva em nós e ao nosso redor. Se Deus falou em Jesus, devemos ter fé de que aquelas Palavras contêm o fogo por Ele mencionado e o explosivo divino para vencer o mundo. [...]

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